O Museu Nacional Honestino Guimarães, em Brasília, apresenta "Sudário" de Carlos Vergara. A mostra que já passou pelo Mac (Niterói) há pouco tempo segue para lá com monotipias em lenços, pinturas, fotografias trabalhadas em 3D real e virtual, vídeos e instalações.
"Sudário" é o nome dado a um pano usado por Jesus Cristo, uma espécie de relíquia sagrada usada para limpar o suor. Amém No caso do artista não está associado a religião, mas sim a idéia do homem andarilho, remetendo a sua própria obra de arte onde busca influências e materiais vindo do solo de lugares que passa. Vergara ultiliza pigmentos naturais em suas obras, que consegue através de suas "expedições".
Através da monotipia, Carlos Vergara imprime lenços com vestígios de lugares que passou como Índia, Capadócia, Cazaquistão, Londres, Pantanal, São Miguel das Missões e
Salvador.
“Isso é possível pela minha origem com a condição de transitoriedade, sem deixar de considerar as relações interpessoais construídas no processo, as quais se tornaram importantes no encadeamento da minha poética” , explica o artista.
Ele diz que a idéia é levar um pouco desses lugares a esse novo ambiente, o museu, pois acredita que assim outras possibilidades de leitura da obra se constroem.
“Como partilhar o espanto, a curiosidade, a admiração, o conhecimento, a ignorância, o medo, a estupefação frente ao sagrado e os vestígios da aventura humana nos seus lugares? Como trazer isso embrulhado num lenço?”
A mostra é um convite à viagem e à imaginação. Partiu!
O artista deixa a pergunta no ar, e nos convida a viajar com ele. Tô indo… Fui!
Nenhum comentário:
Postar um comentário