A ARTE DIGITAL DE ANDY WARHOL QUE NINGUÉM CONHECIA

Andy Warhol é um artista a frente de seu tempo, sem sombras de dúvida. Com a sua Pop Art  e sempre com alguma mensagem subliminar por trás de suas artes, ele consquistou o mundo e hoje pode ser considerado um dos maiores e mais consagrados artistas de todos os tempos. 

O que ninguém sabia era que além das milhares de obras que já foram expostas por aí, há uma série de outras digitais inéditas que foram encontradas recentemente. Andy usou um Amiga 1000, um computador criado pela Commodore International (um dos primeiros computadores criados para uso pessoal) para fazer essas obras. O antigo computador  permaneceu durante anos esquecidos no museu dedicado ao artista The Andy Warhol Museum, em Pittsburgh, Me leva? pois os responsáveis tinham medo de mexer por ser muito antigo e por não esperarem encontrar algo de tanta relevância.

A descoberta foi feita por Cory Arcangel, Gênio que encontrou um vídeo da própria marca Commodore International onde Warhol estava presente. Uma das imagens mostrava o artista criando na máquina, e então resolveram procurar onde estaria esse material digital.

Esse novo trabalho do artista está sendo montado e vai virar um documentário que será exibido no site NowSeeThis.org em 12 de maio. Haja Fôlego!

LYGIA CLARK EM BREVE NO MOMA

O museu de arte moderna de Nova York Moma apresenta a exposição da artista brasileira Lygia Clark.  Serão mais de 300 obras Wow! mostrando uma retrospectiva de todas as fases da artista: Abstracionismo, Neoconcretismo e o que ela chama de "Abandono da arte", que ocorreu na época do Regime Militar e acabou sendo o nome dado a mostra.

Lygia nasceu em 1920 em Belo Horizonte. Logo ali Ela começou a estudar arte com Roberto Burle Marx e Zélia Salgado em 1947 e em seguida seguiu rumo a Paris para continuar os estudos com Arpad Szènes, Dobrinsky e Léger. Quando voltou, teve sua primeira grande exposição no Ministério da Educação e Justiça.

Lygia Clark sempre buscou inovar e sair da pintura convencional. Ela participou da exposição Neoconcretista e a partir daí começou a buscar novos suportes e técnicas. Arrasou!

Com uma arte sofisticada e muito original, ela hoje pode ser considerada uma das artistas mais importantes do Brasil. 

A exposição abre as portas dia 10 de maio.

TRAILER DO FILME DE HÉLIO OITICICA

César Oiticica Filho, sobrinho de Hélio Oticica, acaba de lançar um filme para homenagear o artista brasileiro. O filme será exibido dia 22 de maio no Moma em Nova York Chique!. A própria voz do artista narra a história. O filme acaba mostrando muito da cultura brasileira, já que Hélio teve grande envolvimento com a tropicália.

Dá pra sentir um gostinho do que vem por aí no trailer abaixo:

http://vimeo.com/92419709

MIRA SCHENDEL NA TATE MODERN

A Tate Modern, uma das galerias mais importantes no mercado de arte apresenta a exposição de Mira Schendel. 

Tive o prazer de cobrir uma exposição de Mira Schendel no Instituto Moreira Salles e saí encantada com o trabalho da artista. Minimalista, porém sofisticada, ela usa e abusa de toques dourados e pretos em suas telas. É uma obra feminina e delicada.

Mira Schendel era judia e nasceu em Zurich, Suiça (1919-88). A artista transitou por vários países no pós guerra. Em 1949 ela desembarcou no Brasil e foi morar em São Paulo.

Ela é considerada uma das artistas mais importantes no pós guerra por reinventar o modernismo europeu no Brasil. Mira nela!

A Tate Modern apresenta 250 obras Wow! entre pinturas, desenhos, esculturas e obras inéditas. É a sua maior retrospectiva internacional. A exposição é uma parceria com a Fundação de Serralves – Museu de Arte Contemporânea do Porto,  e para a nossa alegria, essa mesma expo irá para a Pinacoteca (São Paulo) em breve. Ansiosa

BANKSY ATACK !

Banksy ataca novamente. O artista conhecido mudialmente resolveu deixar a sua marca na porta de um bar. Até aí, era apenas uma pintura pra lá de criativa: um casal abraçado, "apaixonado" de olho nos seus iphones. A obra já tem até nome: "Mobile Lovers". Ninguém sabia ao certo de quem era a pintura, até que Banksy postou na sua página na web e ficou confirmado.  O Stecil retrata exatamente o que vivemos hoje: Estamos sempre conectados onde quer que seja. Reparem que a única luz que ilumina o casal vem do celular. Gênio!

Os donos do bar pretendiam vender o grafite e conseguir arrecadar dinheiro para manter o local, que está prestes a fechar as portas. Mas a importância dada a essa obra é tanta, que está sendo avaliada e pensada se será exposta em algum museu.

Além desse grafite, há um outro stencil que especula-se ser de Banksy, em Cheltenham: São três homens que parecem agentes secretos e que foram pintados ao lado de uma cabine de telefone. Cada um tem gravadores nas mãos como se quisessem gravar as ligações.

Não por acaso, o centro de escutas britânico "Government Communications Headquarters (GCHQ) fica em Cheltenham, e foi alvo de polêmica por ter colaborado com a Agência de Segurança Nacional Norte-americana (NSA) na intercepção de comunicações.

CLEMENS BEHR - INOVAÇÃO NA ARTE DE RUA

Clemens Behr é alemão, estudou Design tá na cara na "University of Applied Sciences Dortmund", na Alemanha, e depois deu continuidade na "Universitat de Barcelona", uma faculdade de bellas artes na Espanha.

Seu trabalho é uma mistura de arte de rua com origami e arquitetura. Olha lá

Ele usa materiais simples, reciclados, como madeira, papelão, e tinta e transforma em esculturas complexas Top! que parecem grafites em 3D. O artista atualmente mora em Berlim mas está sempre viajando e deixando sua marca por onde passa. Essas "instalaçoes" são expostas em lugares públicos e tumultuados como metrôs, praças, etc...

Behr ganhou experiência nas ruas através do grafite. Rua A sua arte não requer grande investimento do artista, já que o material é muito barato. Ele nunca sabe ao certo como ficará o resultado final de sua obra, já que ele pinta a cartolina e o papelão e só depois monta a escultura. 

É um trabalho bem arquitetônico, e muito original. Behr está ganhando o mundo e não é a toa! 

Uma salva de palmas pra ele!

BR - A DESORDEM EM EQUILÍBRIO

Um grafite que foge do óbvio. "Grafite abstrato" é como podemos definir a arte de Bruno Bogossian, mais conhecido como BR. Bruno vem de uma das crews mais famosas por aqui: A Fleshbeck Crew (a mesma do grafiteiro Toz). A crew é responsável por difundir a arte de rua no Rio de Janeiro. São os pioneiros no assunto e por conta disso carregam uma bagagem enorme e muita admiração.

BR, além de grafiteiro, é um artista multimídia: No portfólio carrega projetos de muito prestígio, como a capa do CD "A procura da batida perfeita" de Marcelo D2, vinhetas para a MTV, GNT e SportTV, programação visual para a grife Blue Man, cenografia pra shows e eventos como o TIM festival e participação da campanha "O lado Coca-Cola da vida". O artista tem dedicado muito tempo a telas, grandes, como se fossem a extensão do seu trabalho nos muros da cidade. O seu trabalho é capaz de dar vida a um ambiente qualquer.  Viva

Ele é o tipo de artista que dá gosto de ver em ação. A intimidade com as latas spray, por conta do longo tempo dedicado as ruas, é nítida. A despreocupação com o erro fazem do seu trabalho algo especial. Meio abstrato, meio lúdico, o resultado final parece um sonho! Daqueles sonhos coloridos, felizes e non-sense que a gente adora ter. 

BR define seu trabalho como "um desfragmento das minhas formas e cores. É o meu universo: Uma desordem em equilíbrio. Tem a ver com física quântica.", explica.

"Há uns dois anos eu estava pintando uma tela e do nada fui para esse traço mais abstrato e lembro que não gostei do resultado". 

Ainda bem que ele foi adiante, porque nós amamos. Muito!

NUNCA

Francisco Rodrigues da Silva, mais conhecido como NUNCA é um grafiteiro que foge totalmente do estilo convencional que vemos por aí.

Com um traço pra lá de original, ele faz pinturas gigantescas e muitas vezes divide os muros com a dupla "Os Gemeos". Nada mal

Seu trabalho é reconhecido mundialmente.  O artista pinta grafismos indígenas pra retratar a época do descobrimento do Brasil, em que os conquistadores retratavam os indios através da gravura. A pegada brasileira é nítida. Tá na cara

Nunca foi um dos grafiteiros que pintou um castelo de 900 anos na Escócia com Os Gemeos e Nina Pandolfo.

Em 2008 ele foi chamado para pintar a fachada da Tate Modern, uma das galerias mais importantes do mundo que fica em Londres. Isso teve uma repercussão enorme e o tornou ainda mais respeitado.

"Cidade Cinza" acaba de ser lançado e Nunca é um dos personagens do filme que fala sobre a arte de rua, a discriminação ainda existente e as pinturas apagadas recentemente pela prefeitura de São Paulo. Absurdo! 

https://www.youtube.com/watch?v=yNSLpmcfy0g

CARLOS VERGARA APRESENTA SUDÁRIO

O Museu Nacional Honestino Guimarães, em Brasília, apresenta "Sudário" de Carlos Vergara. A mostra que já passou pelo Mac (Niterói) há pouco tempo segue para lá com monotipias em lenços, pinturas, fotografias trabalhadas em 3D real e virtual, vídeos e instalações. Ufa

"Sudário" é o nome dado a um pano usado por Jesus Cristo, uma espécie de relíquia sagrada usada para limpar o suor.  Amém No caso do artista não está associado a religião, mas sim a idéia do homem andarilho, remetendo a sua própria obra de arte onde busca influências e materiais vindo do solo de lugares que passa. Vergara ultiliza pigmentos naturais em suas obras, que consegue através de suas "expedições".

Através da monotipia, Carlos Vergara imprime lenços com vestígios de lugares que passou como  Índia, Capadócia, Cazaquistão, Londres, Pantanal, São Miguel das Missões e 

Salvador.

“Isso é possível pela minha origem com a condição de transitoriedade, sem deixar de considerar as relações interpessoais construídas no processo, as quais se tornaram importantes no encadeamento da minha poética” , explica o artista.

Ele diz que a idéia é levar um pouco desses lugares a esse novo ambiente, o museu, pois acredita que assim outras possibilidades de leitura da obra se constroem.

“Como partilhar o espanto, a curiosidade, a admiração, o conhecimento, a ignorância, o medo, a estupefação frente ao sagrado e os vestígios da aventura humana nos seus lugares? Como trazer isso embrulhado num lenço?” 

A mostra é um convite à viagem e à imaginação. Partiu!

O artista deixa a pergunta no ar, e nos convida a viajar com ele. Tô indo… Fui!

SEMANA NACIONAL DOS MUSEUS VEM AÍ

Entre os dias 12 e 18 de maio acontece a 12 Semana Nacional dos Museus. 

Isso significa que programações especiais serão feitas nos museus de todo Brasil. O tema, "Museus: as coleções criam conexões" foi proposto pelo Conselho Internacional de Museus (ICON).

Veja a programação:

http://eventos.museus.gov.br/docs/Guia%20da%20Programação%2012ª%20Semana%20de%20Museus%20NACIONAL.pdf

QUANDO VOCÊ ACHA QUE JÁ VIU TUDO : CANETA "LIX" 3D

Acaba de ser lançada a caneta 3D. What?  "Lix" : Um sonho pra quem gosta de desenhar. 
Quando iríamos imaginar que um dia uma ilustraçao pudesse sair do papel. Agora isso é possível… Medo!

Veja o vídeo :

http://vimeo.com/90314569

NASTYA PTICHEK - MIX DE PASSADO E FUTURO

A artista/designer ucraniana Nastya Ptichek Who? acaba de ganhar reconhecimento mundial com a sua brilhante idéia: ela usa pinturas de artistas famosos : Eduard Hopper, Picasso, Michelangelo, entre outros... e trás suas obras pro mundo atual, de instagram, facebook e twitter… Entendeu?

Nastya insere elementos digitais nessas pinturas e o resultado é maravilhoso! É arte ousada e inteligente. Essa mistura de obras tradicionais mudialmente conhecidas  com o universo cyber é algo que ainda não tinha sido explorado. 

O nome dessa série de pinturas é Emoji-Nation. 

É a mistura do clássico com o moderno. É genial! 

Mil likes pra moça. 

http://nastya-ptichek.tumblr.com

POLVO - ADRIANA VAREJÃO

Adriana Varejão apresenta "Polvo", exposição que acaba de ser inaugurada na Galeria Fortes Vilaça, em São Paulo. A Fortes Vilaça está entre as mais importantes galerias brasileiras e só expõe coisa boa: artistas renomados e promissores passam por lá. 

Varejão tem um trabalho único, e desperta algo no espectador. Ela cria certo desconforto através da arte. 

"Polvo" povo mostra o povo brasileiro e a sua miscigenação.

A artista plástica partiu de uma pesquisa feita em 1976 pelo censo IBGE, a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio (Pnad), onde, pela primeira vez, foi feita uma pergunta aberta aos brasileiros em relação à sua raça: “Qual a sua cor de pele?”. responde aí As respostas variaram em 136 diferentes nomes de tons de pele. Uau Desta lista, Adriana escolheu 33 respostas e criou 33 tons.

Em uma caixa de madeira, Varejão expõe bisnagas de tinta acrílica com esses 33 tons variados que representam a mistura de raças do povo brasileiro. Varejão diz que o mais fascinante são os nomes que descobriu:  "Café com leite", "Branca Melado", "Morena Jambo" …. 

Certamente você se encaixa em algum …